sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Too Drunk to fuck

Era um domingo, e eu havia acordado bem mais tarde do que de costume. Deviam ser umas onze horas. Levantei e pela primeira vez em muito tempo me sentia bem. Decidi ir até a cozinha tomar café, mas desisti. Vou dormir um pouco mais, quem sabe o problema de tudo não é simplesmente falta de sono? Desde que comecei a fazer meu projeto de mestrado, nunca tinha tempo pra dormir, logo me acostumei e dormir passou a ser perda de tempo.

Me joguei na cama e apaguei.

Acordei com o barulho de sons de carro na rua. Levantei, e novamente eu estava péssimo. Meu corpo estava mole, minha cabeça doía e eu só sentia vontade de dormir mais. Por essas e outras que eu não gosto de dormir. Olhei para o relógio: 19:52. Puta que pariu! Quase um dia perdido. Não escrevi nada, sequer bebi nada.

Tomei um banho pra me despertar. Não adiantou muita coisa. Vesti uma roupa, botei o MP3 no ouvido e saí na esperança de encontrar algo pra comer. No MP3 tocava Smiths- Everyday is like sunday. Não podia ser melhor. Caminhei lentamente até a praia. Sentei do lado do Vinicius de Moraes, puxei um cigarro e perguntei: Tem fogo? Ele não respondeu. Resolvi acender o cigarro eu mesmo. O que leva uma pessoa em sã consciência achar que é legal passar uma tarde num sol que arde? Dei um tapa na cabeça do Vinicius e levantei. Tenho que começar a estudar, mas minha cabeça ta doendo tanto e meu corpo acha que morri. Caminhei até a praia que já estava praticamente vazia. Parei num vendedor de coco

-Enche só a metade desse copo grande, irmão
-Vai ser o mesmo preço- Disse o vendedor meio intrigado
-É? Então enche só um quarto
O vendedor que já havia desistido de entender, colocou três dedos de água de coco no copo.
-Ótimo

Tirei uma vasilha com uísque do bolso e completei o resto do copo. Paguei, me despedi do garçom que me olhava espantado e sentei num daqueles bancos em frente à praia. Desliguei o MP3, fechei o olho e me recostei. Por alguns minutos fiquei somente ouvindo o som do mar. Não durou muito tempo e comecei a ouvir risos. Eram duas gringas que passavam pela praia. Percebi que eram gringas por serem loiras de olhos claros e traços muito finos. Olhavam pra mim e riam. Eu não entendia o porquê. Resolvi não me importar. Acabei com o resto da minha bebida. Estava pronto pra levantar e fazer mais uma, quando percebi que as gringas estavam se aproximando de mim.

- Do you know what that means in your t-shirt?- Era uma camisa do Dead Kennedys que tinha escrito "Too drunk to fuck"
- Course i know. I speak english sua puta
- Eu também falo português- Disse a gringa seriamente
-Percebí- Respondi com um riso sarcástico

Levantei e pedi mais um pouco de água de coco pro vendedor. Enquanto ele pingava gotas no meu copo, sentí que elas se aproximavam. Pediram um cigarro pro vendedor, mas ele não tinha. E disse que não iam encontrar por perto.

As duas mulheres eram muito bonitas, apesar de um pouco "apagadas". Quando a gente se acostuma ao corpo das brasileiras, o resto parece muito estranho. Mas ainda assim possuem seu valor. As duas tinham peitos grandes e uma tinha até uma bonita bunda. Pequena, porém muito bem feita

Virei mais uma vez meu drink, e lentamente puxei meu Lucky Stike do bolso. Coloquei em cima do balcão e tirei um. Acendi com um riso no rosto e assoprei a fumaça na direção delas. Sabia que não iriam resistir por muito tempo

-Me arranja um cigarro?- Perguntou a que sempre se mantivera mais distante
Somente virei a carteira de cigarros em sua direção e acenei com a mão. Ela pegou um e levou aos lábios, puxei o isqueiro e acendi pra ela. Ela sorri pra mim. Logo depois a outra, e o mesmo ritual. Ao chegar perto de mim sentiram o cheiro. Perguntaram o que era. Talvez possa conseguir alguma coisa. Porque não?

-Camarada, pinga umas gotas de água de coco em mais dois copos, por favor.
Completei os copos com o resto do scotch que eu ainda tinha. Elas beberam e começamos a conversar. De repente nem lembrávamos mais do nosso primeiro dialogo. É impressionante como cachaça e cigarro aproximam as pessoas.

Tudo corria muito bem, porém a minha pequena vasilha na qual eu carregava um pouco do meu Red Label já estava vazia.

-Muito bem ladys, estamos sem combustível.
-O que está esperando Johnny?- Perguntou Janis enquanto já andava até o mercado. Janis era a que tinha falado comigo primeiro. E que tinha a bunda mais bonita também

Enquanto elas andavam na frente, eu ia pensando se iria conseguir comer pelo menos uma daquelas. Talvez se as embebedar bastante como até as duas. Talvez eu esteja realmente com sorte.

Eu andava e ria sozinho quando enfim chegamos ao mercado. As duas brincavam e riam. Não pelo pouco Whisky que tiveram consumido, mas pela felicidade do que íamos consumir pela frente. Me peguei pensando se talvez as duas fossem lesbicas, se eu tivesse sorte, bissexuais. Aproveitei o clima de descontração pra ficar mais próximo. Entrei na brincadeira e cheguei a ensaiar uns abraços.

Compramos uma garrafa de Old Eight, muitas latas de cerveja e alguns maços de cigarro. A cara delas era de crianças que acabaram de receber o presente de natal. Sem conseguir controlar a excitação começamos a beber ali mesmo na porta do mercado. Voltamos pro nosso ponto de partida. O vendedor de cocos já estava indo embora, já havia anoitecido há algum tempo. Tomamos algumas doses com água de coco, mas com a ausência do vendedor bebemos o resto a lá cowboy. E como elas bebiam... de uma hora pra outra a garrafa acabou e começamos a tomar as cervejas. Nessa hora já estávamos bastante bêbados. Corríamos pela areia da praia, nos agarrávamos, dançávamos feito loucos. Conversávamos em muitas línguas, português, inglês, francês, italiano...mesmo sem saber falar italiano, mas isso pouco importava.

Depois de certo tempo na areia, Anne simplesmente correu pro mar e se jogou. Eu ria da areia, quando Janis também se atirou na água gelada. Percebi que não tinha outro jeito, tirei a camisa e corri até onde elas estavam.

Na água as brincadeiras começaram a ficar mais quente, pra compensar a temperatura. Enquanto as abraçava, aproveitava pra me roçar. Meu pau já estava duro, e elas perceberam e não se fizeram de rogada. Era só abraçar uma por trás que já empinava a bunda. E assim continuamos, eu displicentemente deixava minhas mãos entre suas pernas, e elas por sua vez, não perdiam a chance de sentir a dureza do meu membro.

Chegou um momento em que já não mais aguentavamos o frio, e voltamos pra areia. Como não tínhamos toalhas o jeito pra esquentar era o calor humano. Estávamos lá nós três, em uma praia quase deserta, abraçados juntos. Eu aproveitava pra respirar no pescoço e dar umas mordidas nas orelhas. Elas ficavam arrepiadas e riam. Senti que era minha grande chance, meu grande dia. O dia em que iria realizar o desejo de todo homem. Trepar com duas mulheres.

Eu já estava realmente muito bêbado, mas como elas não paravam de beber, também não podia decepcionar continuei bebendo. Peguei uma lata, acendi um cigarro e sentei na areia. Elas vieram e minha direção. Anne tira o cigarro da minha boca. Elas se entreolham, riem e começam a se beijar. Eu me recosto sobre meus cotovelos e fico apreciando aquele belo quadro. O beijo começa a ficar mais intenso, mais línguas, mais mordidas. Até que elas param, cochicham, viram pra mim e levantam a blusa com um riso safado. Será que eu estou sonhando? Começo a correr atrás delas pela praia. Alcanço Anne, a derrubo, caio em cima dela e começo a beijá-la. Depois de algum tempo empurra minha cabeça contra o seu pescoço e fala no meu ouvido: "Vamo pro hotel?". Eu nem respondo. Só me levanto, pego o resto das cervejas e continuo a correr atrás delas.

No caminho eu já tinha acabado com o resto das latas. Entramos no hotel em que elas estavam hospedadas ainda correndo e rindo. Passamos direto, sem dar chance de nos repreenderem. Entramos no elevador e as duas começam a se beijar. Eu me sinto o cara mais sortudo do mundo. Entro no beijo também. A mão de Janis entrara no short de Anne, que por sua vez já estava com a mão dentro do meu zíper. A putaria continuou no corredor, nos esfregando pelas paredes até chegar a porta do quarto delas. Em quando Janis brigava com a chave e a fechadura, Anne já tinha tirado meu pau pra fora e me masturbava enquanto beijava meu pescoço.

Quando finalmente Janis conseguiu abrir a porta eu já estava sem calça e Anne sem blusa. Malmente fechamos a porta e voltamos a nos agarrar a três. Toda aquela agitação havia me deixado um pouco tonto. Eu via tudo dobrado, duas bundas, quatro peitos, quatro pernas, duas bocetas. Sem nem perceber como já estávamos os três nus. Janis me joga na cama e pousa sua boceta na minha boca. Eu nem penso e começo a lamber e sugar. Enquanto isso, Anne já estava com meu pau batendo em sua garganta. Não que ele seja muito grande, mas ela que era gulosa.

Ficamos um bom tempo daquele jeito. Quando as línguas já estavam cansadas resolveram levantar. Levantei e a cabeça rodou. Merda. Anne vira de quatro pra mim. Eu via aquilo, mas não conseguia me mexer direito. Consigo com muito esforço ficar de joelhos. Janis pega o meu pau e o guia na direção da boceta de Anne. Enquanto eu comia uma de quatro, a outra esfregava sua boceta em minhas costas e beijava meu pescoço.

Aquele seria o melhor momento da minha vida. Se minha cabeça e estomago não estivesse rodando tanto. Não conseguia me concentrar na foda. Janis pedia mais, mas eu não tinha coordenação, então Anne começou a empurra meu quadril por trás.

Era de mais pra mim, era bom de mais, era ruim de mais. Quanto mais Anne empurrava, mais meus estomago dava volta, quando finalmente a merda aconteceu. Vomitei litros e mais litros em cima delas. Me lembrei que não tinha comido nada o dia todo. Enquanto vomitava via tudo ficar mais escuro, até que não vi mais nada.
Acordei sobre o carpete do corredor. Na minha cabeça havia um enorme galo. Me lembro que devo ter desmaiado. Minha calça estava toda vomitada, eu estava todo vomitado, mas estava sem camisa. Levanto me escorando pelas paredes. Procuro um cigarro, mas não acho. Penso em bater na porta do quarto, mas logo desisto da idéia.

-Oh Yeah Baby! I was really too drunk to fuck

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Segunda sem lei


Segunda feira. Quem não odeia? Será que alguém acorda pensando assim: (Oba! Esperei tanto por hoje) Imagino que não. Na verdade sei lá, tem gente que gosta do que faz. Mas não eu. Não o meu trabalho. Tudo que eu queria era não ter q trabalhar, e pra aqueles chatos que dizem: “Ah, mas você ia ficar entediado.” Esqueçam, isso é para os idiotas. Com tanto livro pra ler, tanta cerveja pra beber. Minha vida seria o paraíso.

Porém, infelizmente tenho que trabalhar de segunda a sexta, e hoje por acaso é uma segunda. E eu como sempre dormir quase nada. Não gosto de dormir. Já perco 10 horas por dia. 50 horas por semana. Acho um absurdo perder mais 8 horas por dia dormindo. Nem se eu pudesse, eu dormiria tanto tempo.

Levanto da cama como se meu corpo pesasse uma tonelada. Me olho no espelho e minha barba está enorme, minha cara está péssima. Hoje eu estou realmente fudido. Merda! E esse sol. Cidade quente dos infernos.

Pego minha xícara de café, sento no sofá e acendo um cigarro. Caralho! Já são sete e meia. Viro o café todo de uma vez, passo uma água no rosto, visto a calça, coloco os sapatos e vou abotoando a camisa enquanto desço as escadas. Dessa vez eu me fodo, aquele filadaputa vai comer meu cú. Saio do prédio e parece que entrei numa sauna. Puta que pariu!
Chego à frente do prédio da empresa, estou pingando de suor. Tento correr pra chegar a minha mesa pro patrão não reparar o atraso, mas não adianta. Antes de conseguir sentar na cadeira o desgraçado aparece:

-Senhor John isso são horas? Já são mais de nove. Toda segunda feira é a mesma coisa
- Foi o transito- Tento enrolar
-Transito? Eu pego transito, todos aqui pegam transito. Não podemos admitir esse tipo de atitude aqui na empresa
-Ok senhor

Desgraçado bossal infeliz. Se eu não precisasse dessa merda já tinha quebrado a sua cara. Ah...Mais um dia eu estouro e acabo com a raça desse viado.

Me recosto na cadeira, meus olhos parecem fechar sozinho. Preciso de um café. No momento em que eu levanto o telefone toca. Ele sempre escolhe os melhores momentos pra tocar. Não podia tocar alguns minutos atrás e interromper aquele falatório maldito?

-Alõ, eu apertei o botão, mas meu computador não está funcionando
-Ok....você ligou o botão do monitor?
-eh...ah...Ta bom, brigado.
Tu Tu Tu

Não podia perder esse trabalho, afinal de contas não era um trabalho ruim. Na verdade não tinha muito trabalho, só tinha que aturar o imbecil do meu chefe e algumas pessoas burras.

Passo na cozinha, pego um café e vou até o terraço. Acendo um cigarro....O tempo parece que não passa. Hoje dá seis horas mais não dá cinco. Já deve ser o centésimo café. Volto pra mesa e de repente é como se uma bomba explodisse no meu estomago. Onde estão meus antiácidos?

Eu adoro café. Além de me ajudar a passar o tempo, me mantém acordado, mas ele e meu estomago não se dão muito bem. Enfim a sirene toca. Se fosse uma sexta é provável que eu estivesse pulando de alegria. Mas é segunda e ainda tenho uma porra de semana inteira pela frente. Somente desligo o meu computador, pego minhas coisa e ando cabisbaixo até a saída. Meu celular toca. É o Tiago. Tiago é um amigo que eu não via há bastante tempo. Fizemos faculdades juntos, era um dos poucos companheiros que conseguiam me acompanhar nas bebedeiras. “Bons tempos”- sussurro antes de atender o telefone.

-John! Por onde anda cara? Achei q tivesse morrido de cirrose ou overdose
-Não não, ainda não tive essa sorte, mas tenho me esforçado bastante
-Então você continua o mesmo...escuta, passe aqui em minha casa?
-Vô sim man, só marcar um dia
-Você não entendeu. Venha pra cá agora, tão vindo uns amigos e amigas. Traga bebida
-Cara, você realmente pirou. Tá pior que eu. Em plena Segunda Feira, você quer comer água?
-(Risos) Não cara, você que ta viajando. Isso é o que chamam de “segunda sem lei”. É um modo de não deixar a segunda feira tão ruim

Devo confessar que estranhei a idéia, depois me pareceu genial, depois estranhei de novo. Que se foda, já tô fudido mermo. Ao menos não ia precisar pegar ônibus lotado, a casa do Tiago era próximo ao prédio em que eu trabalhava, então resolvi ir andando.

No meu rosto, a expressão começou a mudar. A cara de desanimo começava a dar lugar a um discreto sorriso de canto de boca. Enquanto caminhava reparava nas transeuntes. De quando em vez achava algo digno de ser olhado por mais tempo. Um bom par de cochas, uma bunda grande ou um decote profundo.

Chegando às redondezas da casa do Tiago achei um mercadinho. Peguei um carrinho e comecei a passear por entre as prateleiras onde ficavam as bebidas. Peguei uma caixa de cerveja e uma garrafa de vodca e andei lentamente até o caixa. Enquanto caminhava reparava em algumas pernas, até então, nada de mais, quando de repente me vi inteiramente focado, quase babando. Uma loira, cabelo liso na altura da cintura. Magra, porém com um lindo par de pernas e uma enorme bunda. Fui lentamente subindo meu olhar, quando chego acima do pescoço desvio. Um olhar de quem não estava gostando nem um pouco me aguardava. Que loucura, nunca vou comer uma mulher dessas. Que se dane, hoje vou encher a cara. Peguei uma carteira de cigarros e rumei à casa do Tiago.

Deviam ser umas 18 horas e a casa já estava cheia. Todo mundo como cara de quem acabou de sair do trabalho, homens e mulheres de uniforme. Ah...mulheres de uniforme, como eu adoro mulheres de uniforme. Reparei que tinha uma morena linda com uma calça atochada. Apreciei mais um pouco e cheguei novamente a mesma conclusão “nunca vou comer uma mulher dessas”. Tudo bem, ela nem é melhor que aquela loira mesmo.

-Pessoal, esse é o John que eu falei pra vocês
-Ah! Você é o filosofo? -Perguntou a morena
-Não, sou só formado em filosofia- Respondi meio desconcertado
- Ei, deixa isso pra lá, tenho uma coisa aqui pra você, bebe.
-Que isso?
-Só bebe, ta amarelando?

Não sei o que era aquela coisa, mas tinha gosto de gasolina, no primeiro gole já comecei a ficar tonto...gostei. Sentei no sofá com alguns amigos do Tiago e depois de mais algumas doses daquela gasolina já me sentia intimo de todo mundo. Tudo corria muito bem, estava tocando um cd dos Stones, aquela gasolina estava me deixando muito bem, eu era o centro das atenções, todo mundo queria que eu falasse um pouco sobre filosofia. Eu adoro ser o centro das atenções.

-John! Se lembra da minha irmã Mariana?
-Claro que sim. Cadê ela?
-Ta cego? Disse ele abraçado com uma loira linda- Peraê, essa é aquela loira do mercadinho. Caralho, ela realmente cresceu- Pensei
-Ei você não é...- Fudeu. Ela vai dizer q eu tava secando ela no mercado. O Tiago vai me matar. Sempre foi muito ciumento com essa irmã dele.
-Você é aquele cara que canta na reverb- Ufa...Nunca poderia imaginar isso, era uma banda underground e quase ninguém conhecia.
-Sou sim- Respondi aliviado

Quando a conheci ela devia ter uns 15 anos. Sempre que ia à casa do Tiago sentia que ela e algumas amigas se insinuavam pra mim, mas eram apenas crianças, não queria ser preso. Como as coisas mudam. Hoje ela deve ter milhares de pretendentes e nunca daria chance a um cara como eu.

As horas passavam, e o efeito daquela gasolina começou a se misturar com a falta de sono. Já não sabia se era sono, enjôo ou tontura. Sei que não estava nada bem. Quando essas coisas acontecem, só há uma atitude a se tomar. Conhaque!

Levantei cambaleante, acendi um cigarro e fui até a cozinha, onde o Tiago estava se esfregando com uma piriguete enquanto tentava a levar pro quarto.

-Opa...Não se incomodem comigo. Só vim pegar uma dose de conhaque
-Cara, você já ta cambaleando, já não é mais como antigamente- Disse Tiago
-Você não viu nada, to só começando.

Enchi copo e virei de uma vez. O estomago reclamou. Que se foda. Uma tragada no cigarro enquanto encho mais um copo. Mais uma vez acabo com ele num só gole. Pronto, missão comprida. Encosto na pia e fico por alguns segundos só olhando o movimento. Casais se esfregando, pessoas discutindo, pessoas bebendo. De repente é como se recebesse uma entidade. Pego a garrafa e ando até a sala. No caminho alguns esbarrões, tropeções. Escolho uma poltrona vazia do outro lado da sala. Chegar lá é quase uma Odisséia. Me jogo na poltrona. Puxo um cigarro. A carteira cai no chão. Penso em pegar, mas desisto. Mais um gole de conhaque. Me recosto na poltrona e apago. Mas não durmo, é mais como uma meditação. Fico nesse estado por alguns minutos quando:

-John, John, John
-Hã- Acordo assustado
-Você está bem? Mariana me pergunta
-Tô, não se preocupe- Na verdade minha cabeça tava rodando e meu estomago embrulhando

Apanhei minha carteira de cigarros no chão. Levantei, e tudo pareceu rodar mais depressa. Me concentrei e fui andando até o banheiro me escorando na parede, enquanto Mariana olhava de longe esperando a hora em que eu iria me esborrachar no chão. Mas isso não aconteceu. Não até eu chegar ao banheiro. Caí de joelhos em frente ao vaso. Vomitei litros. Mariana bate na porta e pergunta se está tudo bem.

-Claro, Só estou tirando água do joelho- Na verdade estava desfalecido sentado ao lado privada
Depois de um tempo me levantei bem melhor, porém meu estomago estava pegando fogo. Tomei um comprimido e saí do banheiro me contorcendo de dor
-Nossa! Você está péssimo- Disse Mariana
-É só o meu estomago
-Tudo bem, senta aqui, vou trazer alguma coisa pra você comer

O efeito do álcool que eu tinha consumido já tina passado, sentia que era hora de recomeçar. Fui até a cozinha pegar uma cerveja, abri a geladeira, peguei uma lata. Quando fechei dei cara com uma bunda deliciosa. Libido up. Não conseguia mais me controlar, a irmã do Tiago tinha ficado muito gostosa, tinha que tentar alguma coisa. Cheguei lentamente por trás dela, abracei-a s sussurei no seu ouvido “eu quero você”. Ela deu um pulo, me empurrou e saiu da cozinha. Merda, o que me fez pensar que ela ia quer algo comigo? Bem...pelo menos ganhei um sanduíche. Dei uma boa golada da cerveja e devorei o sanduíche como um animal. Achei que era melhor ir embora antes que o Tiago ficasse sabendo. Apanhei uma sacola e joguei umas latinhas, quando para minha surpresa Mariana aparece. Ela puxa minha camisa, me da um beijo, me joga na parede e fala no meu ouvido: “Sempre gostei de você, agora você é meu”. Eu fico sem ação, ela abre uma porta que é o quarto de empregada e me atira lá dentro. Fecha a porta e sai.

Que merda foi essa, essa mulher deve ser louca. Tento sair, mas a porta está trancada, ótimo! Então apenas sento na cama e espero. É só o tempo de acabar um cigarro, e ela retorna. Pega um cigarro no meu bolso, pergunta se eu tenho fogo. Penso em resistir, mas logo dissipo o pensamento.

Ela pode ser de menor. Que se foda

Tiago vai me matar. Que se foda.

Antes que eu possa fazer qualquer coisa ela senta em cima de mim, e começa a me beijar. Eu tiro sua blusa, ela abre meu zíper. Carrego-a e a levo contra a parede, ela geme no meu ouvido e morde minha orelha. Eu a beijo no pescoço e jogo na cama, e entre arranhões e tapas acabamos nus deitados na cama. Ela fica por cima, o vai e vem vai ficando mais rápido e eu morrendo de tesão, não sei mais quanto tempo posso suportar. Merda! Tenho que dá um jeito. Pensa Pensa...Já sei, escalação da seleção de 98!

Taffarel
Cafu
Aldair
Junior Baiano
-Roberto Carlos!!
-O quê?- Pergunta ela assustada
-Eu? Deve ter sido algum maluco na cozinha
Será que ela pensou que eu tenho algum fetiche pelo jogador, ou será pelo cantor? Até que eu gosto de algumas musicas dele, tem aquela....
-Me come de quatro
-hã?
-Ta surdo me come de quatro- Disse ela enquanto levantava e empinava a bunda.

Comecei num movimento bem lento, depois descarreguei toda minha energia. Ela gritava e se contorcia, e eu apenas empurrava como um animal. Trincava os dentes e metia cada vez mais forte, quando senti seus gemidos ficarem mais intensos e ela se descontrolar de vez, percebi que não tinha jeito. Ela gozou, a segurei mais um pouco, gozei e cai na cama. Pouco depois apaguei.

O sol queima a minha cara, Mariana não está mais na cama. Pego minhas coisas rapidamente e saio. Saio do prédio e ando pela rua até o meu trabalho. Minha cabeça dói, sinto o sol queimando minha face, minha camisa está molhada de suor e nem sinto minhas pernas, elas já andam sozinhas. Chego ao trabalho 1 hora mais cedo. O Desgraçado do meu chefe já está lá. Esse viado não vive?

-Senhor John, você precisa se cuidar. Olhe pra você está acabado. Não podemos admitir esse tipo de atitude aqui na empresa
-Ok senhor

Me olho no reflexo do monitor. Meu cabelo está despenteado, minha barba enorme, e minhas olheiras mais profundas do que nunca. Preciso de um café.
Ah, como eu odeio a terça feira.