segunda-feira, 1 de março de 2010

Aceitar
Seguir e continuar
Uma vida padrão
Um molde
Produção
Rebelar
Lutar contra o destino
Viver angustiado
Entre o certo e o errado

Eu não queria ser um dom Quixote
Mas todos estão cegos
Cartola: não se engane, o mundo não é um moinho
E nem destruirá somente os sonhos mesquinhos


É o preço que tem que se pagar
Os deuses não vão gostar
Mais um copo de café
Hypnos não pode me pegar

Eu sou um herói bêbado
Sem carisma e malandragem
Que deambula sem sentido
E sempre permanece as margens

Sem poderes ou armadura
Pago a pena como um humano
Compro a briga com um deus
Entre o ultimo e o super
Sempre apanhando
Nem sempre batendo
Se eu nasci pra perder porque insisto em jogar?
Mas eu nunca sei como vai terminar
E continuo querendo me achar

Eu preciso tirar as teia de aranha da lampada
Levanto, fecho a janela e vou ouvir a tempestade

Um comentário:

Capitu disse...

Se eu te conhecesse pessoalmente poderia jurar que és o meu terapeuta falando de mim e do que ele chama de sindrome de dom quixote!

lindo texto!